Suas mãos me acariciam
Mas não alcançam minh’alma.
Nossos encontros casuais
Têm me corroído pouco a pouco.
Eu me encho do vazio que é estar com você
E, no fim, só escrevo poesias de solidão.
Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não conseguir ver, entende? Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender.
– Caio Fernando Abreu
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Átrios da Vida
Quando tudo
parecia sair do lugar
Eu me
desconectei da vida
E me voltei para
Deus.
Sem querer,
descobri que lá
É onde a vida
realmente está.
Superficial
Ela me chamou para uma festa, daquelas que as pessoas vão pra parar
de pensar em suicídio. Mas eu rejeitei, sempre achei a superficialidade um
veneno para quem é profundo, e falei: “quando for a um lugar onde pessoas são
mais do que um pedaço de carne, me chame; gosto de sentir as pessoas com o
coração e pensar nelas com a cabeça, mas a cabeça de cima.” Ela me xingou e foi
embora, mas, tenho certeza, nunca mais esqueceu o que eu disse.
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